sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A CRUZADA ALBIGENSE (1209)



Envolta em lendas de cavalaria, essa famosa cruzada teve início, talvez ,em meados do ano de 1143, quando os cavaleiros cruzados partiram para o sul da Franca, especialmente nas cidades de Toulouse, Albi e Carcassone, em que um grupo dissidente denominado Cátaros, promoviam confrontos com a Igreja Católica e por isso eram considerados hereges.

Os cátaros eram dissidentes da Igreja Católica que se opunham às suas praticas tais como venda de indulgências, bem como o estilo de vida de seus clérigos.

Sua doutrina era completamente oposta a da Igreja tradicional. Acreditavam em um dualismo, em que havia um Senhor da luz em oposição ao Senhor das Trevas. Isso porque o Deus da Luz, em seu imenso poder, não poderia ter criado um mundo imperfeito.

Pregavam que só imitar o exemplo de vida de Jesus era o caminho para a salvação das almas, aceitavam a reencarnação e condenavam a adoração da cruz e imagens, evitavam as confissões e qualquer intermediário entre os homens e Deus (incluindo aí o papa) além de todos os ornamentos apreciados pela Igreja Católica.

A Cruzada Albigense promovida pelo papa Inocêncio II, e comandada por Simon de Montfort e em seguida pelo rei Luis VIII, durou 40 anos, arrasando a região cátara, muito embora houvessem muitos seguidores do catolicismo convivendo ali. O legado papal, sobre esta questão foi muito claro: “Matem-nos a todos. Deus se encarregará dos seus.”

Na prática, não foram as cruzadas que erradicaram o catarismo de forma definitiva e sim a Inquisicão que se iniciou na Espanha, país vizinho, e que se alastrou por toda a cristandade.

Quem, como eu, ama os romances de cavalaria, conhece os relatos de que o Santo Graal (o cálice usado por Jesus na Santa Ceia) esteve desde sempre em poder dos cátaros, contra os quais lutaram os cruzados.

Quando o castelo de Montsegur foi tomado, alguns cátaros fugiram na calada da noite, pelas muralhas do castelo e despenhadeiro abaixo, levando consigo a preciosa relíquia, até hoje perdida, exceto para alguns iniciados merecedores de conhecer o seu paradeiro.

A CRUZADA DAS CRIANCAS (1212)



Historicamente colocada entre a Terceira e a Quarta Cruzada, esta é ainda mais incrível.

No ano de 1212, 50 mil crianças saíram da cidade francesa de Marselha, num navio rumo a Jerusalém. Pretendiam com a forca de suas inocências, tomar a cidade saqueada pelos invasores turcos.

Alentados pela idéia de que só o bem prevalece em qualquer circunstancia, e que só as almas puras poderiam libertar a cidade, a Cruzada dos Inocentes, como também era conhecida, parte para longe de seus pais, para combater os mouros .

Imagino essas criancas caminhando e cantando pelas estradas, buscando chegar até Constantinopla, e sendo pouco a pouco, abatidas pelo frio e pela fome. A maioria esmagadora morreu pelo caminho. Algumas conseguiram alcançar a Itália e sumiram no mundo. Outras foram seqüestradas e escravizadas no Norte da África.

Antigas lendas? Relatos verídicos? De tudo um pouco. Disso também é feita a louca e bárbara história da humanidade.

(Ilustracão de Gustav Doré)

A CRUZADA DOS MENDIGOS (1096)



Essa incrível história definitivamente pertence ao imaginário da Idade Média, e explicita de forma muito clara os credos humanos desse período. Parecia natural que Deus provesse seus cavaleiros de forma absolutamente mágica, com todos os recursos que se fizessem necessários para o combate com os mouros.

De que outra forma poderíamos compreender o fato de que um eremita denominado Pedro, inflamasse o coração de multidões de populares com seus discursos e os convencesse a ir a pé pelas estradas, até o palco de batalhas, com as roupas do corpo, envolver-se em um conflito de imensas proporções, enfrentando o mais terrível exército de sua época.

Sem um tostão para empreender a longa jornada, estes cruzados-mendigos buscaram atacar os judeus europeus, das cidades vizinhas, nas cidades de Colônia, Praga, entre outras e espalhando o anti-semitismo pela Franca e Inglaterra, liderados por um conde lunático, que inspirado pelas palavras de Pedro, O Eremita, marcou a própria testa em cruz, com ferro em brasa.

Posso imaginar o estupefacto imperador bizantino Aleixo I Comneno recebendo na cidade de Constantinopla essa tropa de maltrapilhos desejosos de lutar. Primeiro tentou desaconselhar o confronto, pediu que aguardassem reforços equipados, mas vendo que seus esforços eram em vão, achou melhor permitir que acampassem fora das muralhas da cidade para evitar tumultos.

O exército turco não se manifestou em ir ao encontro dos invasores, sendo obrigado a combatê-los quando tentaram atacar e transpuseram as muralhas da cidade de Niceia.

Ao cortar a água da cidade, o sultão turco matou-os de sede, e aqueles que decidiram fugir foram exterminados por uma saraivada de flechas.

(Ilustracão de Gustav Doré)

AS CRUZADAS


Durante a expansão árabe, a cidade de Jerusalém foi conquistada pelos muculmanos, por volta do século XI, gerando enorme comoção popular e dando ao papa a oportunidade de promover uma Guerra Santa, mandando seus exércitos para o oriente, que disputava com Roma a primazia em questões religiosas. Com isso, o papa vislumbrou a oportunidade de unir a cristandade que se encontrava dividida, sob sua égide.

Imediatamente, o papa Urbano II, promoveu o Concilio de Clermont-Ferrand (1095), em que em um discurso inflamado, convocou a todos os seguidores de Cristo a empreenderem uma Guerra Santa, contra os infiéis muçulmanos,em que todos os participantes teriam seus pecados expiados por Deus. Criou uma ordem de cavaleiros sagrados, denominada de cavaleiros templários, que levavam no peito estampada a Cruz de Cristo.

Além da verdadeira intenção de expiação de todos os pecados, os soldados desejavam obter riquezas no oriente, já que vários nobres não possuíam terras, pois estas eram destinadas por herança aos primogênitos.

Já os mercadores europeus decidiram financiar as cruzadas visando o comércio com o Oriente, através de privilégios a serem conquistados nos novos territórios ocupados.

Foram nove as cruzadas oficiais, muito embora alguns historiadores desconsiderem algumas, até porque elas constituíram um movimento permanente em direção ao Oriente.

De certa forma, as cruzadas contribuíram com o renascimento comercial e urbano da Europa, uma vez que os contatos comerciais voltaram a se estabelecer com a abertura de novas rotas, a liberacão das antigas passando pela cidade de Constantinopla e principalmente pelo contato dos cavaleiros europeus com outras culturas.

Abaixo, publico um mapa do google, para melhor ilustrar a idéia das migracões.
Nos próximos posts, ao invés de relatar os detalhes de todas as cruzadas, assunto que pode melhor ser pesquisado em qualquer livro de história, pretendo tecer consideracões sobre as três não oficiais, pois são muito curiosas, no meu entender.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O GRANDE CISMA DO ORIENTE (1054)

Como vimos nos posts anteriores, desde a divisão do Império romano em oriental e ocidental, com a subsequente transferência da capital de Roma para a cidade de Constantinopla, as duas Igrejas Cristãs se distanciaram. Enquanto que a parte oriental permanecera herdeira da civilização helenística, defendendo a tradição e o rito grego, a ocidental pereceu com a ocupação dos invasores estrangeiros , principalmente os de origem germânica, e transformou-se.

Evidentes disputas doutrinárias que defendiam cada qual seus direitos pela autoridade papal começaram a ocorrer.

Quando os papas passaram a apoiar o Sacro Imperio Romano, de Carlos Magno, em detrimento do Império Bizantino, a situação ficou insustentável.

Apesar da Igreja de Bizâncio respeitar a posição de Roma como originária de todo o império romano, opunha-se às exigências da Igreja católica e defendia uma estrutura hierárquica diferenciada, em que a figura de um chefe secular denominado patriarca, era reverenciada num sistema denominado cesaropapismo bizantino e por isso sofria, por seu lado, a oposição da Igreja Romana.

Entre os anos de 456 e 867, houve uma grave ruptura entre as duas Igrejas, em que o patriarca Fócio acusou de heresia o filioque que fazia parte do credo da cristandade ocidental.

A situação foi se agravando com o passar do tempo até atingir seu estopim no ano de 1054, em que o patriarca bizantino Miguel Cerulário foi excomungado por um cardeal da Igreja Católica ocidental. A Igreja Bizantina reagiu excomungando,por sua vez, o papa Leão XIX, naquilo que ficou conhecido como o Cisma do Oriente, dividindo a Igreja católica em duas:A Igreja católica apostólica romana e a Igreja ortodoxa, no oriente.

Esta separação enfraqueceu o império romano e fez com que a cidade de Constantinopla até então considerada uma fortaleza inexpugnável, fosse tomada pelos turcos otomanos em 1453, durante a IV Cruzada.

O MONOFISISMO: A NÃO ENCARNACÃO DO VERBO

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai. "
(João 1:1,2,3,14 )


Doutrina variante do docetismo, foi determinante para a história do império bizantino e da cidade de Constantinopla. Floresce entre os séculos II e III, afirmando que Cristo não encarnou como preconiza a Bíblia, e sim assumiu uma aparência humana, como se fora um simulacro divino, uma espécie de ilusão, para apresentar-se diante dos olhos humanos. Portanto, a natureza de Deus seria única, jamais tendo tornado-se carne, afrontando o preceito da Santissima Trindade.

Tal doutrina foi um entrave nas tentativas de unificação religiosa do Estado por Justiniano entre os impérios orientais e ocidentais. Embora combatido pelo imperador, encontrava dificuldades na própria imperatriz Teodora, que era simpatizante do monofisimo.

Entre os séculos V e VII, em pleno período de invasões árabes, verificou-se que as populações que professavam o credo monofisita preferiam render-se aos invasores que continuar submetendo-se a opressão de Constantinopla.

A situação diplomática entre Constantinopla e a cidade de Alexandria, que professava o credo monofisita, era difícil, ainda mais quando a segunda abastecia a primeira de grãos, sendo considerada o celeiro do Mediterrâneo.

As implicações políticas também eram consideráveis. De um lado, os ricos monofisistas, que se desenvolviam de maneira independente em relação à Igreja Católica, de outro a hierarquia eclesiástica, que por sua vez estava envolvida na questão das disputas pela primazia religiosa de Roma contra a superioridade militar de Constantinopla.

Não podemos ainda nos esquecer que desde 392, Teodósio havia transformado o cristianismo em religião do império e assimilado as feições divinas ao titulo de imperador, gerando conflitos com a Igreja católica romana, cujo papa era o representante oficial de Deus na terra.

Apesar das tentativas que perduraram por mais de três séculos, de Constantino a Justiniano, em resolver tais conflitos, cai por terra a idéia de um império Romano do Oriente durante a dinastia de Heráclito (610-641), que o transforma paulatinamente em um Império grego do Oriente, distanciando-se ainda mais de uma possível unificacão.

A coroação de Carlos Magno pelo papa Leão III, no ano de 800, consagrando-o imperador dos romanos, desandou de vez as relações entre as partes oriental e ocidental e deflagrou toda a sorte de conflitos, cujas tentativas de resolução tornaram-se ainda mais desastrosas através de um casamento arranjado entre o imperador eleito pelo papa e a bizantina Irene.

Todas as condições para a Cisma do Oriente, que ocorreriam em 1054, estavam já presentes.



FONTE DE PESQUISA: Revista Historia Viva, ANO II, N 23, Duetto Editorial.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A REVOLTA DE NIKKA

No ano de 532, eclode uma revolta popular que quase muda o destino da cidade de Constantinopla. Oprimidos pelos pesados impostos com que o Imperador Justiniano contava para custear as guerras e os tratados de paz, bem como financiava as imponentes construções da mais importante cidade da Europa, o povo toma conta da cidade murada, promovendo uma matança e incendiando diversos locais, na tentativa de depor os imperadores e nomear um representante de sua classe.

O estopim da revolta teve inicio durante os jogos que ocorriam no hipódromo, em que times rivais, designados pelas cores verde, azul, branco e vermelho torciam por seus cavalos. Tais times representavam, na verdade, diversas classes sociais e funcionavam como uma espécie de “partido político”da antiguidade.

Em caso de empate, cabia a César a palavra final, e era de praxe que se favorecesse determinado grupo, o que não ocorreu naquele dia. O povo clamava por Nikka, o cavalo representante da plebe, que havia vencido por pouca diferença, mas o imperador decidiu em contrário, elegendo seu animal favorito.

A massa indignada, levantou-se e dando as costas a Justiniano, deixou o hipódromo antes do encerramento dos jogos.

Os verdes (comerciantes, artesãos, funcionários nativos das províncias) e os azuis (representantes dos proprietários rurais), uniram-se e a revolta expandiu-se feito rastilho de pólvora, por toda Bizâncio. Os revoltosos dominaram a cidade, dizimaram a guarda real e proclamaram um novo imperador.

Justiniano preparou navios para a fuga, mas foi detido pela imperatriz Teodora, que entrou para a História como uma mulher de imensa coragem.

Quem ler aqui no blog o post TEODORA- A RAINHA MERETRIZ, entenderá o porque dessa grande mulher ter se colocado a frente dos ministros e do próprio imperador, negando-se a embarcar e passando-lhes uma descompostura pela tentativa de fuga sem ao menos lutar.

Todos os relatos, livros e textos a seu respeito relatam que a imperatriz teria dito que não fugiria ainda que essa fosse a única salvação, pois quem um dia já usou uma coroa não poderia nunca sobreviver a sua perda. E que a cor púrpura, reservada aos imperadores, seria então a mais perfeita mortalha.

Justiniano não teve outra alternativa senão reagir, deixando a cargo de seu general Belisário a ofensiva.

A estratégia foi atrair para o hipódromo os revoltosos, e em seguida, trancar todas as saídas. O resultado foi uma carnificina em que quase 40.000 pessoas foram degoladas sem piedade pelas tropas imperiais.

Triunfante, Justiniano e Teodora puderam reinar de forma autocrática, como escolhidos de Deus e seus representantes na terra, apesar da revolta da Igreja católica sediada em Roma, cujo papa até então sempre fora o representante oficial de Cristo.

Até os últimos dias de sua vida Justiniano rendeu tributos a Teodora, e como sobreviveu a ela, costumava jurar pelo nome da imperatriz nas questões de grande relevância de Estado.

sábado, 22 de janeiro de 2011

O Cheiro da viagem

Toda viagem tem um cheiro possível:

A do quarto do hotel,

do saguão do aeroporto,

da condução que nos aguarda,

do posto de gasolina,

da bala de fruta comprada ao acaso,

da chuva na montanha ou da maresia,

das panelas sobre o fogareiro,

do sabonete novo,

das roupas recém passadas na maleta esperando para serem usadas,

das pessoas no transporte coletivo,

da moca elegante que nos quer vender algo,

de urina no mercado municipal,

das cerejas e pêssegos expostos ,

do carpete do apartamento,

do cigarro do camarada na mesa ao lado,

de fósforo riscado,

do material de limpeza a base de pinho,

da comida gostosa prestes a ir parar na boca,

de vinho,

de doce,

De papel de embrulho dos presentinhos,

de canja,

de lenha ,

de café passado longe de casa,

de bolo,

dos guardanapos e toalhas de mesa limpos,

de alfazema sobre a roupa de cama,

de paredes muito velhas,

de salas arejadas,

de cortinas de veludo,

de pátios recobertos de folhas,

de museus repletos de obras e pessoas,

de livros empilhados,

da bolsa de couro que trouxemos, vazia,

de ruas com dejetos de animais,

de castanhas assadas,

e de laranjais.

Márcia Taube


P.S:
Para minha próxima viagem já escolhi o cheiro. De acordo com o clima e o que imagino que vá encontrar. Aquele que só será usado por mim nesse momento de viajar. Para que esteja sempre associado apenas a uma única e especial lembrança de vida: Bois d’Orange de Roger Gallet.





                                                  MA-RA-VI-LHO-SO! Bjs!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

TEODORA, A RAINHA-MERETRIZ

Essa história é digna de filme. Mais espantosa ainda porque real, tendo chegado aos nossos dias graças aos relatos de um historiador da antiguidade chamado Procópio de Cesaréia:

Filha de um tratador de ursos de circo, Teodora conhece em Constantinopla toda a sorte de dificuldades após a morte do pai, uma vez que o honroso cargo de Mestre dos Ursos é entregue a outro pretendente, apesar dos esforços de sua mãe, que arranjara outro marido.

Em todo o império romano, os hipódromos representavam bem mais que um simples local de lutas e corrida de cavalos. Neste espaço, o público via seu imperador e opinava em questões sociais. Era a política do pão e circo da antiga Roma, perpetuando-se no império oriental.

Junto a suas duas irmãs, a mais velha contando sete anos, Teodora apresenta-se no hipódromo para suplicar pelo cargo a seu padrasto, de forma que pudessem sobreviver, deixando a decisão para os times Verdes e Azuis que assistiam as corridas. Tais times, acabariam por tornar-se partidos políticos.

O cargo ao padrasto lhes foi negado, e essa experiência nunca seria esquecida pela futura imperatriz, que recebeu da facção verde um tratamento desdenhoso e humilhante.

Órfãs, dedicaram-se ao teatro cômico e à prostituição. Segundo o historiador, a beleza de Teodora era suficiente para que suas graças se espalhassem por todo o império bizantino, onde não lhe faltaram admiradores e também severas criticas a seu comportamento escandaloso e libertino. Relacionou-se com homens nobres e poderosos, mas também com os das classes menos favorecidas, não fazendo distinção alguma de seus favores.

Foi amante do governador de Pentápolis, Hecébolo, com quem teve um filho. Mas por pouco tempo. Logo, a união desandou sob suspeitas de infidelidade e vida desregrada de Teodora, que se viu na extrema miséria na cidade de Alexandria.
O menino ficou aos cuidados do pai, na Arábia. Muitos anos depois, em seu leito de morte, um segredo seria revelado: o pai lhe contaria que ele era filho de uma grande imperatriz. Reza a lenda que o rapaz foi até o encontro de Teodora, mas esta temendo expor-se mais ainda de forma negativa, teria mandado mata-lo.

Em sonhos, a futura imperatriz ouvia vozes que lhe diziam que ela seria uma grande senhora, a soberana mais respeitada de todos os tempos. Guiada por estas vozes, volta à cidade de Constantinopla como uma nova mulher, assumindo uma vida mais regrada e decorosa, sustentando-se com o ofício de fiandeira.

Logo que conheceu o patrício Justiniano, ele se encantou por sua beleza , e resolveu protegê-la. Resolvido a casar-se com Teodora, enfrentou a mãe, aguardou a morte da imperatriz, esposa de seu tio, o Imperador Justino I que não aceitava uma ex-prostituta como membro da família. Então promulgou, em nome de seu tio, uma lei que concedia às artistas que houvessem se prostituído no teatro, o direito de casar-se, desde que estivessem arrependidas.

Ao assumir o trono de Constantinopla, o imperador Justiniano fez coroá-la na mesma cerimônia, junto com ele, dividindo assim seu poder de forma igualitária sem precedentes na história romana.

A seus pés, vieram beijar todos os homens poderosos com quem se deitara, além de todos os políticos dos partidos verde e azul, que certo dia a viram humilhar-se no hipódromo.

Teodora exerceu seu poder em diversos segmentos, não apenas opnando, mas resolvendo inúmeras questòes de Estado. Garantiu às mulheres direitos legais mais vantajosos em caso de divórcio, criou abrigos para as desamparadas, garantiu a pena de morte para casos de estrupro, entre outros feitos.

Morre  por volta dos 46 anos, sendo considerada Santa pela Igreja Católica Ortodoxa.

JUSTINIANO, “O IMPERADOR QUE NUNCA DORME”



Nascido na atual Macedônia, no ano de 483, em uma família miserável, vai para Constantinopla educar-se sob as graças de seu tio Justino, um soldado baixo do exército que acabou tornando-se imperador.

Habilidoso e inteligente, estudou direito, retórica e teologia, exercendo grande influência sobre o tio iletrado, que lhe outorgou o título de César. Em 527, participou do assassinato de Justiniano e foi proclamado seu sucessor.

Imediatamente lançou-se no projeto de restauração e unificação do Império romano, estimulando as artes, o comércio e a indústria, consolidando a autonomia de seu império e fortificando as fronteiras.

Entre seus grandes feitos está o Código Justiniano, que reuniu todas as constituicões desde a época do imperador Adriano , salvaguardando assim a herança do direito romano e afirmando o poder ilimitado do imperador. Por dez anos, revisa e aperfeiçoa o direito romano, como o conhecemos hoje.

Além disso, após 20 anos de guerras, o império bizantino alcançou sua máxima extensão, reocupando territórios ao longo do mediterrâneo.

Sob ameaça constante do império Persa, que fora reunificado sob a dinastia Sassânida, por diversas vezes se vê obrigado a comprar a paz com seus vizinhos, a peso de ouro.

No campo religioso, buscou solidificar o monofisismo, uma doutrina que rapidamente se espalhou e tornou-se forte principalmente no Egito e na Síria. Com o objetivo maior de unir o Ocidente com o Oriente, utilizou também a religião para garantir a soberania do Estado. Sua consagrada fórmula “um Estado, uma Lei, uma Igreja”, sintetiza as aspirações absolutistas do Imperador.

Considerava-se um eleito de Deus. Perseguiu judeus e pagãos e interferiu nos negócios da Igreja, utilizando-a como viga mestra de seu Império. Julgando a Escola Filosófica de Atenas um dos baluartes do paganismo, decreta sua extinção, fechando a Academia de Platão em 529.

Inúmeras obras de engenharia são realizadas sob seu comando, entre elas a Catedral de Haegya Sophia, em homenagem ao saber e as Catedrais dos Santos Apóstolos, onde mais tarde seriam depositados seus restos mortais em 565.

Apesar do Império Bizantino ter conhecido o esplendor durante seu reinado, Justiniano entrou para a História como um dos mais impopulares imperadores, tanto pelos pesados impostos impostos à população, quanto pela forma autoritária e feroz com que combatia seus adversários, a exemplo do que ocorreu na Revolta popular de Nika, de que trataremos mais tarde.

Seu amor pela Imperatriz Teodora foi um caso à parte, e sendo assim, merece ser contado em outro post!


domingo, 16 de janeiro de 2011

AL-FATIHA



A Sura AL-FATIHA ( A Abertura, em árabe) é o primeiro capítulo do Alcorão, livro sagrado dos muculmanos, revelado pelo profeta Maomé. Várias vezes por dia recitada durante as orações, louva a Deus, senhor da misericórdia:




Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

Louvado seja Deus, Senhor do Universo.

Clemente, o Misericordioso.

Soberano do Dia do Juízo.

Só a Ti adoramos e só a Ti imploramos ajuda!

Guia-nos a senda reta;

À senda dos que agraciaste, não à dos abominados, nem à dos extraviados.





Amém.

Slides Einstein O Bem E O Mal

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Auxílio às vítimas das enchentes na Região Serrana do Rio de Janeiro

Prezados amigos,

Todos podemos ajudar a minimizar o sofrimento de diversas famílias, na maior tragédia já ocorrida na cidade do Rio de Janeiro.

Como ajudar?
Os desabrigados necessitam de alimentos,água potável, roupas, artigos de higiene pessoal, fraldas descartáveis,colchonetes e cobertores. Os donativos podem ser entregues em diversos postos rodoviários, supermercados e outros.

Veja onde:

Em Teresópolis:
As contribuições podem ser levadas para o Ginásio Pedrão – Rua Tenente Luiz Meirelles 211, no bairro Várzea, no centro da cidade.
Petrópolis
Itaipava: Igreja Wesleyana, no Vale do Cuiabá; e Igreja de Santa Luzia, na Estrada das Arcas;
Centro de Petrópolis: sede da Secretaria de Trabalho, Ação Social e Cidadania – Rua Aureliano Coutinho, 81.
Museu Imperial: Rua da Imperatriz, 220 – Centro

Polícia Militar
Todos os batalhões da PM do Rio de Janeiro vão receber doações.

Polícia Rodoviária Federal
BR-116, na região do pedágio da Rio-Magé, e na BR-101, perto de Casimiro de Abreu.

Rodoviária
A Rodoviária Novo Rio recebe doações para a Cruz Vermelha. Os donativos serão recebidos no piso de embarque inferior, das 9h às 17h.

Metrô Rio
Estações das Linhas 1 e 2: Carioca, Central, Largo do Machado, Catete, Glória, Ipanema/General Osório, Pavuna, Saens Peña, Botafogo, Nova América/Del Castilho e Siqueira Campos.

Cruz Vermelha
Doações nas unidades do Rio – Praça Cruz Vermelha, 1012 e Nova Iguaçu – Rua Coronel Bernardino de Melo, 2085, e na rua Alberto Cocoza, 86.

Estádios
Os estádios do Maracanãzinho e Caio Martins (em Niterói) recolhem doações. As contribuições podem ser garrafas de água potável, fraldas, material de higiene pessoal, colchonetes, alimentos não perecíveis, roupas e agasalhos.

Viva Rio
Sede do Viva Rio – Rua do Russel, 76, Glória – ou através de depósito bancário na conta do Viva Rio, no Banco do Brasil, agência 1769-8, conta-corrente 411396-9 e CNPJ: 00343941/0001-28.

Postos em supermercados
O grupo de supermercados Pão de Açúcar montou postos de arrecadação em todas as 100 lojas da rede no estado do Rio.

Ministério Público
Doações na portaria do edifício-sede, na Av. Marechal Câmara, 370, no centro do Rio

Shoppings (Rio de Janeiro)
Bangu Shopping – Rua Fonseca, 240 – Bangu
Carioca Shopping – Av. Vicente de Carvalho, 909 – Vila da Penha
Caxias Shopping – Rodovia Washington Luiz, 2895, Duque de Caxias
Passeio Shopping – Rua Viúva Dantas 100 – Campo Grande
Santa Cruz Shopping – Rua Felipe Cardoso 540 – Santa Cruz
Shopping Grande Rio – Rodovia Presidente Dutra, 4.200 – São João de Meriti
Via Parque Shopping – Av. Ayrton Senna, 3.000 – Barra da Tijuca
Shopping Leblon – Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Leblon

Sesc, Senac e Fecomércio
Sede do Sistema Fecomércio-RJ – Rua Marquês de Abrantes, 99
Sesc Copacabana – Rua Domingos Ferreira, 160
Sesc Tijuca – Rua Barão de Mesquita, 539
Sesc Ramos – Rua Teixeira Franco, 38
Sesc Madureira – Rua Ewbanck da Câmara , 90
Sesc São Gonçalo – Avenida Presidente Kennedy, 755
Sesc Niterói – Rua Padre Anchieta, 56 – Centro
Sesc São João de Meriti – Avenida Automóvel Clube, 66
Sesc Nova Iguaçu – Rua Dom Adriano Hipólito, 10
Sesc Teresópolis – Av. Delfim Moreira, 749
Sesc Quitandinha (Petrópolis) – Avenida Joaquim Rolla, 2
Senac Niterói – Rua Almirante Teffé, 680 – Centro
Senac Copacabana – Rua Pompeu Loureiro, 45
Senac Marapendi – Avenida das Américas, 3959 – Barra da Tijuca
Senac Faculdade Senac Rio – Rua Santa Luzia, 735 – Centro
Senac Botafogo – Rua Bambina, 107

Sesi e Senai
Sesi – Barra do Piraí – Av. Mário Salgueiro, 1.065
Senai – Barra do Piraí – Rua Alan Kardeck, s/nº
Sesi – Barra Mansa – Av. Dário Aragão, 2
Senai – Barra Mansa – Rua Senhor do Bonfim, 130
Sesi/Senai Benfica – Praça Natividade Saldanha, 19
Senai – Campos – Rua Bruno de Azevedo, 37
Sesi – Campos – Av. Deputado Bartolomeu Lysandro, 862
Sesi/Senai – Cinelândia – Rua Santa Luzia, 685 – 5º andar
SesiI – Duque de Caxias – Rua Artur Neiva, 100
Senai – Duque de Caxias – Rua Arthur Goulart, 124
Sesi – Honório – Rua Loreto do Couto, 673
Sesi – Itaperuna – Av. Dep. José de Cerqueira Garcia, 883
Senai – Itaperuna – Av. Zulamith Bittencourt, 190 – 1º e 2º andar
Sesi – Jacarepaguá – Av. Geremário Dantas, 342
Senai – Jacarepaguá – Av. Geremário Dantas, 940
Sesi/Senai – Laranjeiras – Rua Esteves Júnior, 47
Sesi – Macaé – Alameda Etelvino Gomes, 155
Senai – Macaé – Av. Prefeito Aristeu Ferreira da Silva, 70
Senai – Maracanã – Rua São Francisco Xavier, 417
Senai – Mendes – Rua Professor Paulo Sérgio Nader Pereira, 250
Senai – Niterói – Rua General Castrioto, 460
Sesi/Senai – Nova Iguaçu – Rua Gerson Chernicharo, s/nº
Sesi – Petrópolis – Av. Barão do Rio Branco, 2.564
Senai – Petrópolis – Rua Bingen, 130
Sesi – Resende – Rua Marcílio Dias, 468
Senai – Resende – Rua Sarquis José Sarquis, 156
Sesi/Senai – Santa Cruz – Rua Felipe Cardoso, 713
Senai -Solda – Rua São Francisco Xavier, 601
Sesi/Senai – Tijuca – Rua Morais e Silva, 53
Sesi/Senai – Vicente de Carvalho – Av. Pastor Martin Luther King Jr. (antiga Av. Automóvel Clube), 6475 -Sesi/Senai – São Gonçalo – Rua Nilo Peçanha, 134
Sesi – Três Rios – Av. Tenente Enéas Torno, s/no Margem Esquerda
Senai – Três Rios – Rua Izaltino de Oliveira, 90
Sesi/Senai – Santo Antônio de Pádua – Av. João Jazbik, S/N
Senai – Valença – Rua Comendador Araújo Leite, 320
Senai – Vassouras – Rua Nilo Peçanha, 85
Sesi – Volta Redonda – Avenida Lucas Evangelista, 595
Senai – Volta Redonda – Rua Nicanor Teixeira de Carvalho, 1

Se você não mora no Rio de Janeiro, pode contribuir com depósitos em contas de instituicões públicas:


SOS Teresópolis – Donativos
Banco do Brasil
Agência: 0741-2
Conta: 110000-9

Caixa Econômica Federal
Agência: 4146
Conta: 2011-1

Prefeitura de Nova Friburgo
Banco: Banco do Brasil
Agência: 0335-2
Conta: 120.000-3

Defesa Civil – RJ
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 0199
Operação: 006
Conta: 2011-

Fundo Estadual de Assistência Social do Estado do Rio de Janeiro
CNPJ 02932524/0001-46
Banco: Itaú
Agência: 5673
Conta: 00594-7

Campanha SOS Sudeste (CNBB e Cáritas Brasileira)

Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 1041
Operação: 003
Conta: 1490-8

Banco: Banco do Brasil
Agência: 3475-4
Conta: 32.000-5

Não vamos desperdicar a oportunidade de exercer a nossa cidadania e levar um pouco de conforto aos desabrigados.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Constantinopla


Com as invasões bárbaras, consolida-se a derrocada do Império Romano Ocidental, por volta do ano 475 , colocando um ponto final na era Antiga e iniciando um período histórico convencionalmente denominado de Alta Idade Média.


Anos antes, com a morte do Imperador Teodósio em 395, houve a divisão do império romano em duas partes: oriental e ocidental, contemplando os filhos do imperador. Alguns historiadores consideram inclusive, essa data como o final do império romano como um todo.

Com as antigas cidades saqueadas, e mesmo antes das invasões, sob o eminente perigo que se avizinhava, houve migrações em massa para áreas rurais, dando início ao sistema econômico, bem como social e político, conhecido como feudalismo.

O Império Romano do Oriente , no entanto, continuou muito bem, obrigado, por quase mil anos, e contou com a figura do Imperador Constantino, para firmar-se como baluarte das intituicões romanas sobreviventes e expandir o seu poder.

Tranferir a capital do Império romano para as margens do Bósforo, demandou um esforço tremendo de engenheiros, cientistas, arquitetos e artistas.

De fato, fundar a Nova Roma ,no ano de 330, onde outrora fora a cidade grega de Bizâncio, significou diminuir as distâncias entre a capital e as principais frentes militares de seu Império e afastar-se das tramas políticas que vinham se desenrolando na antiga capital.

O local escolhido ficava justamente entre os limites do Império Sassânida e a região do baixo Danúbio, de grande importância estratégica.

Apesar de só ter sido batizado no final da vida, Constantino converteu-se ao catolicismo, criou seus filhos nessa religião e foi o responsável por sua propagação em todo o território romano, institucionalizando a religião do Estado, muito embora o paganismo continuasse a ser tolerado. Como primeiro imperador cristão, unificou o Império romano no Concilio de Nicéia. Mais do que isso, este imperador influenciou inúmeros dogmas da Igreja Católica.

Foi Constantino, por exemplo, o responsável pela eleição de domingo como o dia do repouso, do estabelecimento de datas importantes no calendário cristão tais como Natal e Páscoa.

O nome Nova Roma nunca pegou, mas Constantinopla, como ficou conhecida a capital do Império após a morte de Constantino,reverenciou a seu fundador.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

My name is Bond...



                                                007 CONTRA MOSCOU


Acho que os bondimaníacos devem concordar comigo que este foi um dos melhores, senão o melhor, de todos os filmes do OO7, o segundo da série do cultuado agente.

Baseado no romance homônimo de Ian Fleming,chega às telas com o mais descolado de todos os James Bond, o magnífico Sean Connery, super elegante, dando vida ao agente secreto da coroa britânica, com direito a todos os clichês e parafernálias que fizeram a fama de seus filmes e a alegria de seus fãs.

Neste episódio, filmado em 1963 (eu nem era nascida!), James enfrenta a organização Espectro, em uma trama que se passa entre a Inglaterra, a Itália e a Turquia.

Envolvido em uma armadilha da organização criminosa, sabedora do fraco de Bond por mulheres , digamos assim, exuberantes, o agente é enviado ao oriente para trazer uma secretária da embaixada soviética em troca de uma máquina decodificadora Lektor.

Em uma das cenas, ele navega nas Cisternas de Yarabatan na Turquia e outra no interior do famoso trem de luxo Orient-Express, que fazia a conexão Istambul-Paris há muitos anos atrás. De tirar o fôlego!

Enquanto distribui socos e pontapés, mantém intacto seu elegante smoking, seduz as mocinhas e toma seu drink favorito, o dry-martini mexido, não batido.

Sean Connery , muito a vontade nesse papel, encarnou como nenhum outro o famoso personagem Bond, James Bond!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Os cem nomes de Deus

“A Ele pertencem os mais belos nomes”

Corão 7,719.



A humildade é uma virtude apreciada pelo Islamismo, e deve estar presente nos mais simples atos de seus fiéis. Um grande tapeceiro, por exemplo, para honrar a Deus, sempre deve deixar em seu trabalho um nó a mais, ou a menos, uma discreta imperfeição, como que a recordar que só Deus é perfeito .

Desta forma, o Islam outorgou a Deus, cem nomes, sendo que deles, apenas 99 são dados a seus seguidores, conhecer.  Estão enumerados no Corão, e fazem referência a atributos divinos. Segundo o profeta Maomé, quem contá-los entrará no Paraíso:

1. A o-Ahad O Único
2. Ar-Rahman O Mais Misericordioso
3. Ar-Raheem O Mais Compassivo
4. A o-Malik O Supremo Soberano
5. A o-Quddus O Mais Santo
6. As-Salam A Fonte de Paz
7. A o-Mu'min O Dador de Fé, Proteção e Segurança
8. A o-Muhaimin O Protector e Guardião
9. A o-Azeez O Incomparável e sem paralelo
10. A o-Yabbar O Comandante
11. A o-Mutakabbir O Supremo em Orgulho e Grandeza
12. A o-Khaliq O Criador
13. A o-Bari O Administrador
14. A o-Musawwir O Forjador
15. A o-Ghaffar O Muito Perdoador
16. A o-Qahhar O Dominador
17. A o-Wahhab O Doador de Tudo
18. Ar-Razzaq O Provedor e Sustentador
19. A o-Fattah O Sustentador
20. A o-Aleem O Omnisciente
21. A o-Qabid O Despojador
22. A o-Basit O Que Dá Abundantemente
23. A o-Khafid O Que Dá Humildade
24. Ar-Rafi' O Exaltado
25. A o-Mu'izz O Dispensador de Honras
26. A o-Mudhill O Que Humilha
27. As-Sami' O Que Tudo Ouve
28. A o-Baseer O Que Tudo vê
29. A o-Hakam O Juiz
30. A o-Adl O Justo
31. A o-Lateef O Sutil
32. A o-Khabeer O Todo Pendente
33. A o-Haleem O Paciente
34. A o-Atheem O Magnífico
35. A o-Ghafur O Perdoador e O que esconde as faltas
36. Ash-Shakur O Que Recompensa o Agradecimiento
37. A o-'Ali O Maior
38. A o-Kabir O Verdadeiro Grandioso
39. A o-Hafith O Preservador
40. A o-Muqeeth O Mantenedor
41. A o-Haseeb O Considerado
42. A o-Jaleel O Poderoso
43. A o-Kareem O Generoso
44. Ar-Raqeeb O Observador
45. A o-Mujeeb O Respondedor
46. A o-Wasi O todo Comprensivo
47. A o-Hakeem O Sabio
48. A o-Wadud O Digno de Ser Amado
49. A o-Majeed O Majestuoso
50. A o-Ba'ith O Resurrector
51. Ash-Shahid A Testemunha
52. A o-Haqq O da Última Verdade
53. A o-Wakeel O Digno e Último de Confiança
54. A o-Qawi O Poseedor de toda a Força
55. A o-Matin O Firme
56. A o-'Walee O Governador
57. A o-Hameed O Que Vale a pena
58. A o-Muhsi O Calculador
59. A o-Muhyi O Dador de Vida
60. A o-Mubdi O Originador
61. A o-Mueed O Restaurador
62. A o-Mumeet O Tomador de Vida
63. A o-Hayy O Por Sempre Vivente
64. A o-Qaiium O Existente por Si Mesmo
65. A o-Wahid O Que É Único
66. A o-Majid O Glorificado
67. A o-Wajid O Fundador Sem Necessidades
68. As-Samad O Satisfactor de toda a Necessidade
69. A o-Qadeer O Todo Poderoso
70. A o-Muqtadir O Dador de Poder sobre as Coisas
71. A o-Muqaddim O Que Causa Avanço
72. A o-Mu'akhir O Que Causa Atraso
73. A o-Awwal O Primeiro
74. A o-Akhir O Último
75. Ad-Thahir O Manifestado
76. A o-Batin O Oculto
77. A o-Wali O Que Tem Cargo sobretudo
78. A o-Muta'ali O Mais Altamente Exaltado
79. A o-Barr O Benéfico
80. At-Tawwab O Que Aceita o Arrepentimiento
81. A o-Muntaqim O Vingador
82. A o-Afu O Perdoador
83. Ar-Ra'ufa O Mais Compassivo
84. Malik A o-Mulk O Possuidor de Tudo
85. Dhul-Jalal Wal-ikram O Senhor Da Majestade e da Generosidade
86. A o-Muqsit O Provedor de Equidade
87. A o-Jami O Recogedor
88. A o-Ghani O Independentemente Rico
89. A o-Mughni O Enriquecedor
90. A o-Mani' O Que Previne o Dano
91. Ad-Darr O Criador Do que faz Dano
92. An-Nafi' O Criador do Bom
93. An-Nur A Luz
94. A o-Hadi O Criador Da Guia
95. A o-Badi O Originador da Criação
96. A o-Baqi O Sempre Eterno
97. A o-Warith O Último Heredador
98. Ar-Rasheed O Maestro Correcto
99. As-Sabur O Paciente

O último, mais perfeito e mais belo de todos, só Ele conhece.

HOTEL PERA PALAIS E O ORIENT-EXPRESS

No quarto de número 411 do Hotel Pera Palas, a escritora Agatha Christie escreveu Assassinato no Expresso do Oriente.


Talvez envolvida pela decoração desse quarto, do  saguão e áreas de convívio do hotel, que nos remete aos idos do final do século dezenove (1891), época em que foi inaugurado, para justamente hospedar os primeiros passageiros do Expresso do Oriente, que chegariam à Istambul, embarcando em Paris.
O luxuoso expresso era símbolo de sofisticação, poder e claro, de romance.
Em seu carro restaurante, exigia-se trajes sociais. Homens elegantemente vestidos e mulheres com seus melhores chapéus e estolas.
Luminárias suaves, paredes forradas com tecidos, estofamentos em brocados e pratos sofisticados, servidos em loucas e cristais muito finos, garantiam o conforto dos passageiros mais exigentes. Músicos contratados embarcavam durante a travessia para entretê-los e dar aos jantares uma aura muito especial.
Um vagão era destinado ao convívio social, onde se podia pedir sua bebida predileta, talvez uma taca de champagne, jogar ou fumar um charuto.
Nas cabines, não era diferente. As camas eram repletas de travesseiros e colchões muito confortáveis, roupas de cama de primeira linha e banheiro privativo com artigos de toucador exclusivos.
Desde sua inauguração no ano de 1883, fascinou escritores, historiadores, cineastas e amantes do bem-viver.
No ano de 1889, teve seu trajeto a partir de Paris completo até a cidade de Istambul. Personagens literários, tais como o detetive Hércules Poirot, o espião 007 e mesmo os felizes viajantes de Júlio Verne em seu clássico Volta ao Mundo em Oitenta Dias, freqüentaram esses vagões.
Nos anos seguintes, teve altos e baixos, devido a crises políticas, principalmente devido a questões diplomáticas oriundas das duas Grandes Guerras Mundiais, que acabou por interromper quase totalmente seus serviços.
Em 1977, finalmente, ocorreu a última viagem da linha Paris-Istambul.

O Orient-Express, hoje, faz apenas a linha Estrasburgo – Viena. Em conjunto com os servicos Paris – Estrasburgo da TGV ainda é considerado uma das mais convenientes formas de se chegar a Áustria saindo da franca.
No mês de agosto,  um único trem par de paris, para a Turquia, relembrando a lendária viagem. As reservas devem ser feitas com um ano de antecedência, para os muito, muito ricos.
Já o trecho entre Veneza e Londres, que acontece exclusivamente entre marco e novembro, e é uma releitura da famosa viagem, não tendo nenhuma relação com a original, apesar do que nos é informado no site.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Aventura entre dois continentes

Enquanto todos saíam de férias fiquei segurando as pontas. Tanto no hospital quanto no consultório da prefeitura ninguém saiu desamparado. Agora é a minha justa vez, logo no finalzinho do mês, após o casamento da Dani!
Confesso que a meses venho preparando uma nova aventura, que ainda é surpresa, mas que será uma viagem muito, muito especial. Aquela que fica guardada na memória para toda a vida, naquele baúzinho que só vamos abrir no derradeiro dia em que não tivermos mais forcas para lada além de lembrar...
Aos poucos, vou revelando aqui as dicas dessa viagem misteriosa e prometo que dessa vez farei algo muito diferente. Vou ao longo da viagem buscar dividir com todos as emocões do dia-a-dia,porque garanto que valerão muito à pena.
Apesar de achar que as excursões são sacais e tiram grande parte do prazer de viajar, que é flanar sem rumo e descobrir-se em um local desconhecido, dessa vez não houve jeito. Ao menos no primeiro trecho precisei fechar um pacote, porque tive medo da cultura e língua desconhecidas.

Beijos!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Elvis Presley - Are You Lonesome Tonight (live 68)



Hoje seria o dia do aniversário desse grande artista, que nasceu em Tupelo, no Mississipi, em 1935.
Adoro sua música e tudo o que ela representou para sua geracão, e para todas as geracões que ele influenciou com sua arte, sua voz de negro, seu rebolado.
Apesar de seus filmes, de suas roupas-macacão, de suas costeletas, de tudo aquilo que sabemos que ele foi, aos poucos, se tranformando, simplesmente adoro Elvis.
Então vamos combinar que hoje é o dia dele, e muito embora ele tenha morrido quando eu ainda era uma menina, prefiro guardar dele esta imagem, em que ele ri e brinca, enquanto canta.
A música é de uma canalhice tremenda, nem ele próprio parece levar a sério. Ele é jovem, veste sua jaqueta de couro e certamente tem muito orgulho de seus belos dentes e estudado topete. Elvis foi muito, muito humano. Toda a sua vida foi esmiucada em detalhes, nada escapando aos seus fãs. Mesmo assim, cada interpretacão sua é inédita, Elvis é sempre inédito em nos emprestar o que lhe vai na alma.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

The First Time Ever I Saw Your Face

Esta bela cancão é uma de minhas favoritas e a minha escolhida para ilustrar esse post, suuuuuuper romântico de hoje!
Foi escrita em 1957, por Ewan Mac Coll para sua esposa, e já foi interpretada por quase todo mundo, desde Jonnhy Cash, Celine Dion, José Carreras e lógico, pelo meu eterno ídolo, Elvis Presley. Eu mesma já fui muito aplaudida em uma sessão de Karaokê que protagonizei depois de, claro, virar algumas tequilas!
Procurei e não encontrei o vídeo original de Elvis cantando, o que encontrei foram apenas tributos, que apesar de respeitar, não conseguem, nem de longe demonstrar a emocão do artista.
Por isso preferi esta do George Michael. Quem assistir, vai me entender!




The First Time Ever I Saw Your Face
The first time ever I saw your face
I thought the sun rose in your eyes
And the moon and the stars were the gifts you gave
To the dark and the empty skies.


And the first time ever I kissed your mouth
I felt the earth move in my hands
Like the trembling heart of a captive bird
That must stay at my command, my love.


And the first time ever I lay with you
I felt your heart so close to mine
And I knew our joy would fill the Earth
And last and last and last till the end of time, my love.


The first time ever I saw your face, your face,
your face, your face.


Você, leitor observador, verificará que a primeira estrofe foi engolida, mas, apesar da letra ser belíssima, com essa interpretacão nem fez tanta falta...