domingo, 29 de maio de 2011

As leituras de bordo

Durante a viagem de navio, as horas dividem-se entre reais e imaginárias.
Sem uma rotina familiar que nos guie, tanto podem ser treze horas quanto quinze e trinta. Um cochilo de quatorze minutos contados, podem render até uma hora no relógio. Muito estranho, o passar do tempo.


A vantagem é que nesse limbo, pode-se ler uma biblioteca. Não cheguei a tanto, mas acabei com tudo o que tinha em mãos e era passível de ser lido.


Os livros terminaram ainda faltando três dias.


Então, comecei a escrever minhas impressões sobre eles e a resumir alguns capítulos específicos.
Com o cair da tarde, o pensamento vagava para lugares distantes e as leituras se tornavam impossíveis.


Restavam as alegrias do pôr-do-sol, da noite iluminada por uma lua imensa e muito clara, e a procura pelo cinturão de Órion.

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